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Defendendo o livre mercado: utilitarismo ou ética?

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Um defensor da liberdade tem o dever moral de lutar por uma sociedade mais livre e próspera. Sendo assim, a melhor estratégia para alcançar esse objetivo é a propagação de suas ideias. Então, é importante e necessário desenvolver a argumentação para convencer as pessoas que a liberdade é o caminho para a prosperidade. 

Há dois métodos que podemos basear nossos argumentos: no utilitarismo ou na ética. O utilitarismo considera válido aquilo que é mais satisfatório para o indivíduo ou coletivo.

Baseia-se em sua utilidade, ou seja, é uma forma positivada/empírica, que leva em conta a experiência de tal ação. Então, um argumento utilitário visa mostrar como o livre-mercado é benéfico e melhor que outras formas de organização social. 

O Utilitarismo

Alguns economistas como Ludwig Von Mises, Milton Friedman e Friedrich Hayek se destacam no utilitarismo. Eles mostraram que a cooperação espontânea entre indivíduos, motivada pelo interesse próprio de sair de uma situação menos favorável para uma mais favorável, é melhor que uma instituição reguladora, controladora e intervencionista.

Pois para o desenvolvimento, é necessário trabalhos cada vez mais específicos, por exemplo, para produzir um lápis, a madeira vem de uma região específica, o grafite vem de outra, o látex para produzir a borracha também vem de outra região, a tinta, o latão (para segurar a borracha no lápis), todos esses materiais têm origens diferentes, foram produzidos por pessoas de culturas diferentes, pessoas que podem até se odiar caso encontrem-se pessoalmente, mas estão cooperando para produzir um lápis.

E dessa mesma maneira, todos os outros produtos no mercado. E esses trabalhos específicos são atribuídos da melhor forma com sistema de preços livre. 

Além do sistema de produção, a competitividade entre os serviços ou produtos ofertados faz com que os preços caiam e a qualidade aumente. Essa é uma explicação bem básica de como o livre mercado é superior ao monopólio estatal. 

Já a ética é responsável por estabelecer normas, determinar o que é certo ou errado no convívio social. Diferente do utilitarismo ela não se baseia no que trará mais felicidade, mas sim no que é justo. 

A existência da ética da propriedade

Alguns filósofos como Frédéric Bastiat ou Murray Rothbard se destacam nesse campo. Eles mostraram a existência da ética de propriedade a partir da racionalidade, em que a propriedade é a única lei que não entra em contradição e que resolve todos os conflitos (conflitos é a utilização de um mesmo recurso por mais de um indivíduo).

Logo, o direito de propriedade é o único direito universal e atemporal que nós temos. Hoje, a maioria das pessoas confundem direitos com necessidades, “ direito à educação, saúde, moradia etc”, porém nós não temos esses direitos.

Pois, caso fosse verdade, pressupõe que outras pessoas precisariam prover isso para mim, pois são recursos escassos (recurso escasso significa algo concreto, medível ou mensurável). Então, entra as perguntas, até que ponto eu posso obrigar outra pessoa a fornecer minhas necessidades?

Se eu não tiver uma moradia quem deveria ser punido? A resposta é que o ser humano é um fim em si mesmo, e não pode ser usado como meio para obter algo.

Logo nossas necessidades não podem se tornar direitos. Sabendo disso, percebemos que a forma que a instituição governamental se mantém agride nosso direito de propriedade.

Pois, como Frédéric Bastiat deixou claro, o Estado se mantém de espoliação, ele nos obriga a pagar imposto, e se não pagarmos, seremos presos. Se qualquer pessoa comum tentar fazer essa mesma coisa será considerada criminosa. Então, o que legitima essas ações do Estado? São injustificáveis!!! 

O livre mercado será inevitável

E se o Estado não interferisse nas nossas vidas e nas nossas propriedades, o livre mercado seria inevitável. 

Agora que você tem uma base do que é utilitarismo e ética basta aprofundar-se cada vez mais. É perceptível que a maioria das pessoas não ligam para a ética, fazendo muitos defensores da liberdade optarem por mostrar fatos, dados e argumentos utilitários (que também são importantes), mas nunca deixe a ética de lado.


Este artigo não necessariamente representa a opinião do Students For Liberty Brasil (SFLB). O SFLB tem o compromisso de ampliar as discussões sobre a liberdade, representando uma miríade de opiniões. Se você é um estudante interessado em apresentar sua perspectiva neste blog, envie um email para [email protected] ou [email protected].

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