Como as melhores praias do Brasil podem melhorar

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Você já deve ter passado por alguma situação em que foi mal atendido na praia, ou teve que percorrer uma longa distancia para encontrar um quiosque. Contudo, você irá aprender nesse artigo alternativas para melhorar a estrutura das praias.

Certo dia, tive um devaneio de liberdade durante uma viagem à charmosa Itália. Caminhando até o píer para assistir a um belo por do sol comecei a reparar, como um bom brasileiro que gosta de praia, como era a praia italiana e a comparar com as brasileiras.

A estrutura das praias na Itália

A praia italiana possui vários quiosques, de arquiteturas diferentes, um ao lado do outro, pouquíssimos ambulantes, areia extremamente limpa, guarda sol padronizados e organizados por quiosques. Cada quiosque tinha uma vocação, com estruturas diferentes , e  vale ressaltar que todos possuíam banheiros, chuveiros e vestiários.

Nesse modelo, a praia é dividida em lotes que são concedidas à iniciativa privada, um trecho entre esses lotes e o mar é público e não se pode montar barracas, serve para passagem de banhistas. Além disso, existem áreas totalmente públicas cujo acesso é livre, gratuito e o banhista pode montar seu guarda sol onde quiser, como nas brasileiras.

A estrutura das praias no Brasil

Na terra tupiniquim, o comum são quiosques com arquitetura padronizada, afastados um do outro, praias sem estrutura básica e vários ambulantes , a maioria, na ilegalidade.

Mesmo nas melhores praias, a grande distancia entre os quiosques gera menos concorrência, e concentração da estrutura básica em poucos locais, dessa forma, limita a estrutura que pode ser oferecida ao cliente, implicando prejuízos nos serviços oferecidos e diminuição do conforto.

Melhorando ainda mais as melhores praias do Brasil

Nessa perspectiva, o praiano brasileiro sofre com a péssima estrutura. Portanto, discutir sobre concessões de áreas públicas como as praias pode ser um caminho para o desenvolvimento do setor. Por exemplo, as estruturas de atendimento ao cliente, como os quiosques e afins, não precisam ser públicas. Além disso, a concessão de novas áreas pode aumentar a concorrência e atrair investimentos da iniciativa privada, aumentando as opções do cliente e melhorando a estrutura existente.

As concessões de espaços públicos não implicam em um ambiente desregrado. Pelo contrário, o poder público pode atuar como regulador e fiscalizador. Como também, as leis municipais de zoneamento urbano que regulam o que pode e o que não pode ser construído em um determinado terreno, podem inspirar a regulamentação dessas áreas. Com regras bem definidas, o resultado será um investimento forte da iniciativa privada no setor, aumentando o turismo e a satisfação dos frequentadores.

Você pode estar se perguntando “mas a concessão de áreas praianas não limitará o acesso das pessoas à  praia?” Veja bem, as concessões podem continuar a prever áreas públicas, como no modelo italiano, e com isso continuaríamos a ter áreas seguindo o modelo atual, porém ampliando a oferta de mais infraestrutura, qualidade de atendimento e conforto a quem deseje. Dessa forma, cada pessoa pode continuar escolher qual espaço quer frequentar. Afinal é sobre isso que se trata a concorrência, dar ao consumidor a chance de escolher.

A praia é para todos. Até quando aceitaremos o modelo atual sem questionar?

Este artigo não necessariamente representa a opinião do Students For Liberty Brasil (SFLB). O SFLB tem o compromisso de ampliar as discussões sobre a liberdade, representando uma miríade de opiniões.

Esse artigo foi publicado originalmente pelo Instituto Líderes do Amanhã, clique aqui para saber mais sobre o projeto

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