Lições libertárias em “The LEGO Movie”
Vanessa Walsh | 17 de agosto, 2017
Há alguns dias, sentei-me com um dos meus colegas de alojamento para uma boa e velha noite de filmes canadense no dia de Ação de Graças, sem trabalhos, atividades de casa e avaliações, para assistir a um filme que eu tinha ouvido muito falar, mas nunca tinha visto: The LEGO Movie. Mal sabia eu que o filme estava cheio até a borda de valores libertários, assim como as consequências de um mundo oposto: um que é microgerido, coercitivamente aperfeiçoado, e sempre espiado. As diferenças entre esses dois mundos são como a noite e o dia.
O que eu tinha aprendido tão distante do movimento da liberdade apenas iluminou mais essa diferença e esclareceu o que eu estava defendendo de forma bem-humorado e cheia de Lego, claro. Sem mais delongas, vamos começar a delinear os valores libertários que encontrei no filme. Eu espero que você fique tão animado quanto eu fiquei por ver um filme moderno abordando um tema libertário. Aqui vamos nós!
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Para brevemente resumir este filme maluco, bizarro, surpreendente e divertido, não é preciso entrar em muitos detalhes. O “herói” é uma figura chata e sem graça, Emmet, que vive em um mundo onde tudo é controlado, a liberdade não existe, e regulamentações na rotina compõem a totalidade da vida desses pobres personagens. Em seguida, temos um grande, assustador e desorientado senhor, Presidente Negócios, que quer adaptar todo o mundo Lego para aquilo que o agrada e a ninguém mais. Finalmente, temos os Mestres Construtores, um grupo de rebeldes que estão juntos para criar, construir e retaliar as normas rígidas do Presidente Negócios.
Soa como um clássico confronto Libertários VS. Grande Governo? Você tem razão. Mas há também cenas fascinantes que não são ligadas ao Libertarianismo que realmente atingem o objetivo, considerando que a mensagem está sendo contada através das lentes de uma criança e em um filme infantil.
Comecemos examinando a cidade em que vive Emmet, Bricksburg. Ele e todos os outros seres que vivem nesta cidade são, basicamente, vítimas de uma lavagem cerebral feita pelo Presidente Negócios, a eminente figura governamental de grandes proporções, para viver uma vida completamente roteirizada, até o programa de TV que eles assistem na parte da manhã, o que eles fazem para começar o dia, como se vestir para o trabalho e como eles se dirigem um ao outro. Cada ação que eles tomam é delineada através de orientações detalhadas em um manual de instruções, a fim de apaziguar os caprichos perfeccionistas do Presidente Negócios.
Em contrapartida, temos os Mestres Construtores, que se opõem às regras e regulamentos de modo a criar, inventar e inovar. Agora, o que soa melhor: a liberdade e a capacidade de criar algo a partir do que poderia ser tido como sem importância para ser usado na melhoria da sociedade em seu entorno ou a ignorância feliz de ser coagido, sem saber, para assistir ” Onde estão minhas calças ” e cantar ” Tudo é impressionante ” todos os dias para o resto de sua vida? Vendo como eu entendo (mais ou menos) valores libertários, eu definitivamente escolheria o último.
Há, no entanto, as pessoas que simplesmente não estão cientes do efeito negativo que as entidades governamentais, como Presidente Negócios, podem ter sobre os cidadãos de uma cidade, estado, país, etc. Eles acreditam que tudo está bem e bom em sua pequena bolha, “protegido” pelo guarda-chuva do governo. Eles, infelizmente, simplesmente não sabem nada de diferente.
Cloud Cuckoo Land, uma utopia libertária de “nenhum governo, nenhuma lei, onde cada ideia é uma boa ideia, exceto as más ideias” (assim como uma frase usada por várias figuras políticas da história ), como é narrado por Unikitty, uma figura de destaque dentro de Cloud Cuckoo. Após a maior exploração deste território fascinante fixando os olhos na tela da TV, eu pude concluir que todos estavam se dando bem! Foi incrível. Uma coisa que me deixou preocupado, no entanto, foi a nomeação deste paraíso libertário de Cloud “Cuckoo”. Por que um paraíso tão perfeito seria nomeado com uma palavra que geralmente representa algo como “louco”? Eu não acho que isso tenha sido respondido verdadeiramente, porém, a maioria da população de Cloud Cuckoo parecia estar realmente se divertindo, fazendo-me pensar quão louca essa noção de um bairro libertário poderia realmente ser.
Em conclusão, e com relação ao padrão da maioria dos filmes infantis, o herói vence e todos os personagens têm um final feliz! Sem estragar nada do sábio enredo, o Presidente Negócios compreende seu erro e genuinamente tenta corrigi-lo. Se apenas as entidades governamentais pudessem vir a perceber seus erros e abrir espaço para um novo começo. Se tivéssemos apenas uma equipe de Mestres Construtores para, de forma criativa, nos enxergar mesmo com um pouco de bagunça no meio, muito poder seria conseguido. Se apenas, se apenas. Esta é apenas uma resenha do filme, no entanto.
E meu comentário é este: os temas libertários neste filme fazem suas mensagens bastante relevantes para o movimento libertário hoje. A falta de governo/um governo menor significa maior facilidade para a boa convivência entre os cidadãos. Liberdade, na verdade, está em voga, não há dúvida sobre isso. Confie nos personagens feitos de blocos retangulares para educar sobre a maleabilidade da vida e da liberdade. Eu, por exemplo, estou feliz por ter feito isso.
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Vanessa Walsh é campus coordinator do Students For Liberty.
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