Como o livre mercado pode proteger o meio ambiente

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Como o livre mercado pode proteger o meio ambiente

Jack Enright | 15 de julho, 2017

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Logo após a euforia gerada por colocar, pela primeira vez na história, um homem na Lua, o prestígio da NASA começou a declinar rapidamente graças ao fim do programa Apollo, em 1972. Com o fim do programa de ônibus espaciais, em 2011, e a dependência dos russos e de empreendedores privados para conduzir as operações espaciais, a agência tem continuamente rumado para o seu declínio.

Com o programa lunar no passado e uma missão tripulada para Marte sendo planejada com parcos recursos, a NASA voltou-se para um lugar muito mais familiar: a Terra. Em uma série de posts no Facebook nas últimas semanas, a agência pôs um foco maior em estudar os efeitos da ação do homem na mudança climática através de programas como o  Earth Right Now.

O problema das alterações climáticas é normalmente visto como uma dicotomia, com esquerdistas defendendo a intervenção do governo para resolver a questão, e conservadores negando a noção de que isso seja realmente um problema. Liberais, de maneira mais prudente, levam em conta uma terceira abordagem, reconhecendo os efeitos das mudanças climáticas enquanto defendem que o livre mercado pode resolver o problema.

Quase todos os especialistas respeitáveis que estudam o assunto concordam que as rápidas mudanças no clima da Terra, em um curto espaço de tempo, são causadas pela ação humana. No entanto, a solução do problema é mais contenciosa. Os defensores da intervenção do governo apontam para a “tragédia dos comuns” dizendo que, mesmo que cada indivíduo aja racionalmente e em benefício próprio, não haverá proveito para a humanidade como um todo. O professor de ecologia humana, Garrett Hardin, escreveu o seguinte em resposta (artigo completo aqui):

Mesmo quando as falhas dos comuns são compreendidas, restam áreas nas quais a reforma é difícil. Ninguém é dono da atmosfera da Terra. Portanto, ela é tratada como um lixo comum em que todos podem descarregar resíduos. Entre as consequências indesejadas desta conduta estão a chuva ácida, o efeito estufa e a destruição da camada de ozônio, que protege a Terra. Indústrias e até mesmo nações tendem a considerar a limpeza das descargas industriais como algo inviavelmente caro. Os oceanos também são tratados como um depósito comum de lixo . No entanto, continuar a defender a liberdade de poluir acabará por levar à ruína para todos. As nações estão apenas começando a desenvolver controles para limitar esses danos.

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Hardin aponta astutamente os terríveis efeitos do envolvimento do governo na crise de poupança e empréstimos, bem como estradas financiadas com recursos públicos nos dois parágrafos seguintes do artigo. Ainda sobre esta questão, ele reconheceu que a solução deste problema, sem a intervenção do estado, seria um desafio.

Com as recentes inovações tecnológicas, no entanto, a necessidade de intervenção do estado para mitigar a mudança climática tem sido praticamente eliminada. Os carros elétricos são mais rápidos e mais baratos do que nunca, e o custo da energia solar continua a cair.

Os empresários devem e vão continuar encontrando novas maneiras de proteger o meio ambiente e, ao mesmo tempo, contribuir para a economia, em oposição ao governo que troca um pelo outro. A poluição não vai diminuir por causa das determinações do governo, mas, simplesmente, porque não é rentável produzi-la.

Enquanto o livre mercado pode surgir com maneiras de resolver o problema da mudança climática sozinho, outro desafio é fazer um acompanhamento de como o clima está mudando. Embora a inovação esteja reduzindo os efeitos nocivos que os humanos têm provocado sobre o meio ambiente, o governo ainda está no comando do rastreamento das flutuações do clima.

A NASA tem produzido uma quantidade considerável de trabalho nesta frente, incluindo a missão ARISE de mandar um avião C-130 voar sobre o Ártico para analisar como a recente perda de gelo afeta o clima lá. A agência concluiu que o Ártico está aquecendo rapidamente ao longo do século 21, enquanto o Oceano Pacífico tem permanecido relativamente frio. Embora não se entenda por que isto acontece, esta missão e outros dados do satélite serão usados para estudar ainda mais a questão.

Mas, mesmo a este respeito, pode haver um anseio por lucro ao acompanhar o clima da Terra. A NASA tem  trabalhado com o Departamento de Recursos Hídricos (DWR) da Califórnia para desenvolver soluções tecnológicas para a grave seca do estado. Tanto o departamento de água e a consultoria de tecnologia no exterior deveriam ser privatizados para dar aos californianos um melhor acesso à água, garantindo, assim, que ela permaneça em oferta abundante e barata. Isso também permitiria que tecnologias como a dessalinização experimentassem a mesma queda de preço rápida que a energia solar tem experimentado.

A solução para as mudanças climáticas é possível e não precisa do governo – ou da negação da ciência, para ser feita. Tudo o que é necessário para resolver as questões ambientais, como a mudança do clima e da seca, é um livre mercado com soluções conduzidas por empreendedores.

// Tradução de Ana Rachel Gondim

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Jack Enright foi campus coordinator do Students For Liberty

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