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Por Yarith Azucena Paredes | 08 de março de 2017

As mulheres sempre desempenharam um papel importante ao longo da história. A ausência delas dos livros é percebida pela maioria e não tem nada a ver com o baixo número de mulheres, mas sim com uma histórica falta de respeito. As mulheres foram, por muito tempo, consideradas cidadãs de segunda classe, seu trabalho e potencial foram desconsiderados. Hoje, no entanto, normalmente acredita-se, ao menos nas culturas ocidentais, que este período da história ficou para  trás e a igualdade de gênero foi alcançada. Nada poderia estar mais errado.

Na América Latina, por exemplo, o sexismo é uma tatuagem social, uma marca cultural deixada nos tempos da conquista espanhola que tem sido difícil de apagar do nosso modus vivendi . É tornado ainda mais difícil com a insistência das feministas modernas em abordar apenas metade do problema.

Tal como acontece com quase tudo, apenas os últimos ventos do furacão atingem os latino-americanos. Depois de provar ser uma falha durante o último século, o socialismo, por exemplo, foi, no entanto, implementado na América Latina durante a última década. Este foi chamado de “socialismo do século 21″. Da mesma forma, o “feminismo moderno” latino-americano – principalmente uma mistura entre feminismo radical (culpando todos os homens pelo patriarcado) e marxismo tradicional (culpando o sistema capitalista) – reflete as tendências anteriores da Europa e América do Norte. Estas correntes de pensamento procuram desesperadamente (e erroneamente) alguém para culpar, prestando mais atenção em quem pode ser responsável que em buscar soluções acessíveis para os problemas que denunciam.

Estas ideias não podem oferecer soluções reais para o sexismo, além disso, elas muitas vezes perpetuam problemas ou, até mesmo, criam novos. Na verdade, todas as leis que as feministas radicais propõem minimizam a gerência dos indivíduos sobre as suas próprias vidas. Leis sobre trabalho e salário provocam este efeito sobre as mulheres no que diz respeito aos assuntos familiares, e as restrições quanto à guarda dos filhos fazem o mesmo sobre os homens. Nesta batalha, as feministas radicais podem ter deixado de ser vítimas, tornando-se, elas mesmas, agressoras, almejando restringir as escolhas das mulheres cujos estilos de vida elas não concordam, bem como as dos homens em geral.

Como uma alternativa para este tipo de pensamento, devemos olhar para o feminismo clássico nascido nos Estados Unidos. Este movimento focou-se em garantir que as mulheres pudessem votar, se educar e trabalhar, não sendo, portanto, subjugadas devido ao gênero no desenvolvimento como pessoa e como profissional.

É esse o feminismo que muda a mentalidade de uma sociedade e empodera mulheres corajosas para que realizem seus sonhos todos os dias. Embora reconhecendo a discriminação, as feministas clássicas lutam principalmente por um mundo mais equitativo e justo para todos; sim, para ambos, homens e mulheres. Uma verdadeira feminista não discrimina e é incapaz de odiar os homens.

Durante décadas, muitos acreditavam que o feminismo – ou a luta pela igualdade de gênero – era só para mulheres, desconsiderando, ironicamente, as maneiras pelas quais os homens também sofrem com a desigualdade de tratamento baseada no gênero.

Na verdade, os fortes estereótipos de gênero dificultam a liberdade para ambos. Mulheres e homens geralmente ouvem pela primeira vez esses estereótipos nocivos em casa: “Trabalho doméstico e  educação dos filhos são coisas de mulher”, as meninas devem aprender. “Aja como menina”, elas escutam. “Se uma mulher é sexualmente ativa, ela é uma vagabunda”, etc. Mas estereótipos construídos pelo sexismo também afetam os homens, tornando-os incapazes de expressar sentimentos, incapazes de fazer tarefas domésticas ou de educar os filhos, o que os deixa suscetíveis a serem pressionados à atividade sexual por um estigma social contra castidade e contenção masculinas.

O feminismo clássico atuou e continua atuando, em parte porque reconhece que o sexismo é prejudicial para todos – homens e mulheres igualmente. Como jovens libertários, devemos permanecer na vanguarda deste movimento, empregando novos conhecimentos, modernizando a nossa abordagem, e usando a nossa juventude e entusiasmo em cada ação que realizarmos. Feminismo sem liberdade não vale à pena.

Então, vamos derrubar muros e parar de fingir que há apenas uma maneira de ser “feminista de verdade”. Vamos ser mães, presidentes, empresárias, CEO’s, líderes mundiais – O que quer que nos faça feliz!


Yarith Azucena Paredes é coordenadora local do Students For Liberty.

Este artigo não necessariamente representa a opinião do SFLB. O SFLB tem o compromisso de ampliar as discussões sobre a liberdade, representando uma miríade de opiniões. Se você é um estudante interessado em apresentar sua perspectiva neste blog, envie um email para [email protected]

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