Por Ivanildo Terceiro | 26/01/20
Uma traição aos nossos princípios que é praticada por 9 entre 10 pessoas que se dizem liberais ou libertárias: nós tentamos reformar outras pessoas.
Como assim? Eu já fiz isso. Você já deve ter feito isso. O movimento inteiro já fez isso. Nós acreditamos piamente que o melhor jeito para ajudar a liberdade é ativamente tentando doutrinar outras pessoas.
Quantos de nós não passamos horas “ensinando” como outros deveriam pensar? Quantos de nós não estamos tão profundamente envolvidos na “cultura da refutação”? Quantos de nós gastamos mais tempo estabelecendo muros do que criando pontes?
Este é um problema grave porque significará nossa completa derrota.
A “doutrinação” é uma tentativa de reforma do indivíduo. É uma tentativa de imposição de cima-para-baixo de um conjunto de ideias. É um método profundamente iliberal. Não há como liberais ou libertários vencerem esta batalha utilizando os mesmos instrumentos utilizados pelos estatistas. Este é um caso em que os meios determinam os fins. Se utilizarmos meios estatistas, teremos fins estatistas.
Esta não é uma lição minha. Mas de Leonard Read, o fundador da Foundantion for Economic Education, e responsável pelo ressurgimento do movimento libertário moderno.
Você deve conhecer Mises, Hayek, Milton Friedman, e tantos outros nomes. Bem, Read foi o responsável por formular a genial estratégia que fez estes autores e suas ideias ficarem famosas (a mesma que o SFLB utiliza no Programa de Coordenadores).
Mais do que descobrir o erro que estava cometendo, Read desenvolveu um método infalível para trazer pessoas para o seu lado. Foi através dele que o movimento libertário foi salvo nos Estados Unidos.
Esta não é uma hipérbole, sem a Foundation for Economic Education até nomes como Ron Paul nunca teriam encontrado as ideias da liberdade. Este é um método que não exige sacrifício pessoal. Não exige horas de dedicação. Não exige que você seja um chato.
É o completo oposto! E, de fato, é surpreendente que mais pessoas não o adotem.
Leonard Read costumava contar uma história real para explicar o seu “segredo”.
Ele era um escritor profícuo. Nas centenas de edições da revista The Freeman é possível encontrá-lo falando sobre os mais variados assuntos. Da corrida espacial à imoralidade de um piquete. E foi justamente esse último assunto que despertou a ira de um sindicalista.
Certa manhã, Read estava lendo suas cartas. Uma após uma. Sem pressa. Quando se deparou com uma correspondência de três páginas escrita por um líder sindical.
Não era apenas o seu artigo que estava sendo atacado. As três páginas eram repletas de insultos, injúrias, e toda sorte de difamação. Você já teve a sensação de descobrir um novo xingamento a cada frase que lê? Bem, Leonard Read teve. Nas suas palavras, ele recebeu uma “diatribe perversa”.
Bem, o que você faria?
Deixaria para lá? Responderia com a fúria e fogo de um coração injuriado?
Procuraria seu algoz pessoalmente – e falaria umas boas verdades na cara dele?
Read não fez nada disso. Ele foi o melhor exemplo possível da liberdade. Escreveu sua nova resposta ao sindicalista como um lorde. Explicou ponto a ponto suas ideias.
Resultado? Uma carta de desculpas. O homem que antes o xingava, agora, lhe pedia desculpas.
Read continuou a troca a de cartas enviando dois pequenos livros: “Por que não a liberdade?” e “Por que os salários sobem?”. A resposta do sindicalista? “Essa é a melhor coisa que eu já li, por favor, mande mais”.
O ex-sindicalista Bill (sim, o homem largou seu trabalho) e Leonard Read se tornaram amigos. Trocavam correspondências todos os meses, exceto quando Bill sofreu um acidente, ocasião em que sua primeira carta após sua recuperação dizia “Sr. Read, você deveria ver o quão entusiasmados os meus 3 médicos estão por suas ideias”.
Read acreditava que ideias são indestrutíveis. E elas são. O que muda é nossa atitude em relação a elas: indiferença, rejeição ou aceitação.
A maior parte das pessoas é indiferente as ideias da liberdade. Mas quando tentamos doutrinar outras para as aceitarem, bem, conquistamos rejeição e não sem motivo: este método não combina com a liberdade.
O avanço da liberdade não é uma questão de quem exerce poder político sobre ações criativas; antes, depende da desmontagem de tal poder.
Leonard Reed
A única força capaz de transformar a indiferença em aceitação é o poder da atração. Você já deve ter ouvido o ditado, “a palavra convence, o exemplo arrasta”. E se você realmente quer ajudar a liberdade, você deve ser o melhor exemplo do que ela pode oferecer ao mundo.
O esforço que é exigido dos amantes da liberdade não é o sacrifício, mas o compromisso de todo dia ser um pouco melhor.
No Programa de Coordenadores do SFLB, este é nosso modo para fazer a liberdade deixar de ser politicamente impossível para se tornar politicamente inevitável.
Não falamos apenas sobre a liberdade, mas como você pode melhorar sua carreira e a sua vida.
É por isso que já passaram pelo Programa de Coordenadores do SFLB: deputados eleitos, empreendedores de sucesso, dirigentes de think-tanks como o Instituto Mises Brasil e o Livres, assessores, e muito mais!
As atividades desenvolvidas no programa te ajudam a efetivamente defender a liberdade – e te dão habilidades essenciais para você ser o melhor exemplo possível da liberdade.
Assim, podemos garantir que você receberá uma resposta rápida. Faça agora sua inscrição e comece sua jornada para se tornar o melhor exemplo possível da liberdade!