Sir Karl Popper (1902-1994) foi um professor austríaco da London School of Economics e, em geral, é considerado um dos maiores filósofos da ciência do século XX. Ele fundou a Sociedade Mont Pèlerin juntamente com Hayek, Mises, Stigler e Friedman para defender a liberdade de expressão, políticas de livre mercado, e os valores políticos de uma sociedade aberta. Veio a falecer em 17 setembro de 1994, aos 92 anos. Como fervoroso anti-autoritário, ele lutou por uma maior liberdade contra as tendências perigosas nas filosofias política e científica.
Embora ele não tenha sido um libertário dogmático (apoiou programas de “segurança social” e engenharia social fragmentada), nas palavras de Brian Doherty:
O espírito de livre investigação e uma sociedade aberta, que Popper defendeu, irá percorrer um longo caminho no sentido de assegurar que seu contumaz otimismo sobre o futuro da liberdade e da civilização será confirmado.
Sua epistemologia aconselha cautela, pois ele acreditava que não havia nenhuma autoridade final para determinar a verdade. Seu princípio de falsificação argumenta que o verdadeiro teste de status científico de uma teoria é que ela pode ser refutada com evidência empírica, defendendo, assim, o espírito de livre desaprovação, que é tão essencial para uma sociedade aberta.
Em “A sociedade aberta e seus inimigos” (1945), Popper, apaixonada e convincentemente, condena as visões autoritárias de governo e sociedade encontradas nas obras de grandes pensadores, incluindo Platão, Hegel e Marx, e defende a democracia liberal e uma sociedade aberta em geral.
Neste livro, ele critica o historicismo, que ele define como a teoria em que a história segue uma inevitável projeção para um determinado fim. Popper argumentou que o historicismo sustenta a maioria das formas de totalitarismo e deixa de considerar os limites da capacidade da sociedade em prever seus futuros estados de conhecimento.
Kelly Barber é coordenadora local do Students For Liberty.
Este artigo não necessariamente representa a opinião do SFLB. O SFLB tem o compromisso de ampliar as discussões sobre a liberdade, representando uma miríade de opiniões.