Sergio Seloti Jr | 08 de maio, 2014
Vi a capa dessa edição da revista Isto É e me entristeceu o coração. Pensei na hora: Cada vez que um funcionário público é contratado, morre um empreendedor. Não, não é uma relação direta, do tipo: um potencial empreendedor vira um funcionário público. É um pouco mais elaborada, mas existe.
Partimos de um princípio claro: o estado (enquanto ente) não produz nada, apenas consome (gasta) recursos. Dessa forma, uma vez que o funcionário público precisa ser pago e o estado não tem fonte de renda a partir de seu próprio trabalho, ele “precisa” arrecadar impostos para custear esse novo funcionário da máquina estatal. Oras, o estado precisa confiscar dinheiro – sob a forma de impostos – do consumidor final (cidadão), do empreendedor (empresário) e/ou do mercado de capitais (investidores).
Caso escolha tributar o consumidor, tornará mais caro adquirir produtos e, assim, o potencial do empreendedor de vender seus produtos ou serviços. Caso tribute o empreendedor, o efeito é o mesmo: o custo será repassado ao consumidor, incorrendo no primeiro caso. Por fim, tributando investimento (a pior escolha), torna mais caro o acesso do empreendedor ao capital, inviabilizando inclusive a abertura do negócio.
Independente da fonte escolhida, o resultado é sempre o mesmo: menos dinheiro disponível no mercado aumenta diretamente o custo do dinheiro e dificulta (ainda mais) a vida do empreendedor.
Algum incauto poderia sugerir, então, que se imprima dinheiro e, assim, daria para pagar as contas. Resultado: inflação. Explicarei esse mecanismo em outro texto, por hora, vale ler este aqui. Assim, para custear serviços públicos (muitas vezes, ruins), o estado precisa que alguém pague a conta. E a conta sempre cai nas costas de quem produz riqueza de fato. Vulgo empreendedor.
Imagine quantos impostos devem ser pagos para custear um salário de 20 mil reais de um funcionário público. Estou falando de impostos, de um percentual da receita. Ou seja, imagine quanto um empreendedor precisa produzir e vender para custear o alto salário, a (muitas vezes) ineficiência e a “estabilidade” de um funcionário público.
Só imagine…
Assim, cada vez que um funcionário público é contratado, morre, portanto, um empreendedor.
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